A ACA Ajuda o Setor do Caju da Nigéria através do Programa NEXTT da USAID

Durante este verão o setor do caju da Nigéria recebeu um grande impulso: a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) ofereceu assistência direcionada à Associação Nacional do Caju da Nigéria (ANCN) através de seu programa conhecido como Comércio e Transportes Expandidos na Nigéria (NEXTT). A Nigéria, a sexta maior produtora de cajus do mundo, obterá grandes benefícios com esta iniciativa, a qual procura identificar e abordar várias das questões que impedem que o setor de caju cresça de forma ainda mais próspera. Ao trabalhar em parceria com o Conselho Nigeriano de Promoção das Exportações, o NEXTT visa criar estratégias que permitam que o caju da Nigéria se torne mais competitivo no mercado global. A intenção do projeto é complementar o trabalho da própria Agenda de Transformação Agrícola (ATA) da Nigéria, um projeto nacional que tem como objetivo aumentar a competitividade agrícola e reduzir as importações.

A Aliança Africana do Caju é um dos implantadores do programa NEXTT; esta tarefa é assumida sob a Declaração do Programa Anual em Direção a Mercados Inclusivos em Toda Parte (TIME APS). No início do verão, a equipe da ACA viajou para os estados nigerianos de Oyo, Kogi e Kwara, a fim de conduzir uma avaliação de base das necessidades das comunidades produtoras de cajus, identificando os cinco principais obstáculos enfrentados pelos produtores rurais.

Em primeiro lugar, constatou-se uma falta bem acentuada de treinamento. Com exceção de um pequeno subconjunto de produtores rurais do estado de Oyo, o qual já havia sido treinado pela organização sem fins lucrativos TechnoServe, praticamente ninguém ainda recebeu treinamento sobre técnicas modernas de cultivo. De forma parecida, o gerenciamento agrícola, o controle de pragas, as técnicas de armazenamento e as práticas de colheita e de pós-colheita raramente estão em conformidade com as políticas das melhores práticas.

Em segundo lugar, muitos cajueiros são afetados por pragas e doenças, uma situação que muitas vezes é altamente prejudicial à renda familiar dos produtores rurais, dada a falta de treinamento no controle de pragas.

Em terceiro lugar, devido à falta de conhecimento sobre as práticas de pós-colheita, a qualidade do caju algumas vezes é bastante baixa. O quarto obstáculo é a falta de acesso a capital: como não há um sistema fácil através do qual os produtores rurais possam ter acesso ao crédito, eles muitas vezes não conseguem contratar mão-de-obra ou ter dinheiro para comprar equipamentos e outros insumos agrícolas. Por fim, em quinto lugar, muitos produtores rurais se queixaram de que os preços flutuavam de forma muito brusca no mercado, causando instabilidade severa em suas rendas.

Durante os próximos meses, a ACA desenvolverá e implantará treinamentos específicos para cada comunidade, a fim de combater as questões mencionadas. Serão apresentadas demonstrações interativas sobre o controle de pragas e as práticas de pós-colheita, será fornecida assessoria técnica e de negócios para que grandes propriedades rurais possam ser gerenciadas de forma adequada e, além disso, será oferecida instrução em gerenciamento financeiro.

Em última análise, a assistência da ACA aos produtores rurais contribuirá com a visão da ANCN de tornar o setor do caju uma das principais fontes de receitas não petrolíferas do país. Uma vez que os produtores de caju da Nigéria tiverem recebido treinamentos estratégicos que serão feitos sob medida, haverá uma fundação muito mais forte para aumentar o processamento de cajus no país. De acordo com o Presidente da ANCN, Tola Faseru, "menos de 20% do total produzido é processado dentro do país, o que significa que [a Nigéria] está exportando os seus empregos". Através da parceria com a ACA, a USAID e outras organizações, esta porcentagem deverá aumentar de modo significativo nos próximos anos.