Atualizações Dos Países: Processamento de Cajus no Horizonte da Tanzânia

As agências governamentais e as do setor na Tanzânia estão alterando o seu foco para o processamento de cajus, vendo-o como um setor com enorme potencial econômico. Atualmente, a Tanzânia produz mais de 150 mil TPA de CCN, contudo a capacidade de processamento instalada no momento é menor do que 20% de sua safra anual. Vários elementos-chave do país estão agindo para mudar este déficit na capacidade de processamento, a fim de colocá-lo no mesmo nível da grande produção de CCN do país. No início de novembro, o Fórum Agrícola de Atores Não Estatais (ANSAF), em colaboração com outras agências, organizou uma Conferência de Investidores no país, a qual promoveu o processamento de cajus. Roger Brou, o Diretor Executivo da ACA, e Sunil Dahiya, o Conselheiro de Negócios da ACA, participaram da conferência de dois dias e se encontraram com vários elementos-chave durante o evento. Além disto, Brou e Dahiya apresentaram a ACA e as suas atividades aos participantes da conferência durante uma sessão da conferência. Roger Brou, o DE da ACA, afirmou que “a conferência de 2 dias serviu para jogar luz sobre o status da situação atual da cadeia de valor do caju no maior país produtor da África Oriental” e foi "uma excelente oportunidade para que a equipe da ACA pudesse se encontrar e saudar um grande número de companhias do setor privado, bem como as associações do setor, com o objetivo de ampliar a colaboração nas áreas de interesse”.

Em outro esforço para aumentar o processamento de cajus na Tanzânia, o Banco de Investimentos da Tanzânia (TIB) demonstrou grande interesse em apoiar a TANECU, uma das maiores e mais organizadas uniões cooperativas de produtores rurais, no estabelecimento de uma unidade de processamento de cajus no sul da Tanzânia. O TIB entrou em contato com a Aliança Africana do Caju em março de 2013 para obter assessoria técnica, no momento em que se iniciaram as tratativas para construir a unidade, e a ACA concordou em dar assistência nas avaliações de viabilidade e no planejamento de negócios para o empreendimento. O TIB tem como objetivo financiar uma unidade que tenha de 15 a 35 mil TPA de capacidade de processamento, a qual será desenvolvida pela TANECU.

De 9 a 11 de dezembro, Sunil Dahiya, o Conselheiro de Negócios da ACA, visitou o sul da Tanzânia junto com Sebastião Ricardo Fonteles Castro, um especialista brasileiro do setor, a fim de coletar dados e informações para uma Análise Ambiental e um Projeto de Estudo de Viabilidade. Este estudo faz parte do acordo que a ACA assinou com o Banco de Investimentos da Tanzânia (TIB). Durante a visita, Dahiya e Castro entrevistaram várias agências importantes do setor do caju e visitaram locais em potencial para a instalação da futura unidade processamento de cajus. Esta fábrica, de propriedade da TANECU, irá processar castanhas de cajus de mais de 80 mil produtores rurais representados pela TANECU. A ACA já entregou uma Análise de Mercado para o TIB e entregará a Análise Ambiental e o estudo de viabilidade no início de fevereiro de 2014. Estes estudos auxiliarão o TIB em seu exame das exigências de capital de giro, da análise de risco de desempenho, das necessidades tecnológicas e das projeções financeiras para o projeto. Baseado na capacidade de processamento proposta para a unidade, a fábrica completamente operacional poderia gerar até 1 mil empregos.