A Aliança Africana do Caju e o programa 3ADI da UNIDO promovem o processamento em pequena escala na Tanzânia

De 26 a 30 de novembro, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), em conjunto com Sunil Dahia, Conselheiro de Negócios da ACA, conduziu um programa para o reforço da capacidade destinado a produtores rurais e grupos de processadores de pequena escala, além de representantes de agências governamentais, sobre os fundamentos de um setor do caju competitivo na Tanzânia. Em 5 de novembro de 2012, a UNIDO concordou com esta primeira cooperação com a Aliança Africana do Caju. A ACA e a UNIDO têm como objetivo a colaboração em atividades beneficentes mútuas relacionadas à promoção do desenvolvimento da cadeia de valor do caju na Tanzânia.

Em uma declaração em nome da UNIDO, Philip Lehne comentou sobre os desafios com os quais a Iniciativa de Desenvolvimento Agro-Industrial e de Agronegócios na África (3ADI) está trabalhando, a fim de abordá-los na Tanzânia: “Embora o processamento de pequena escala na Tanzânia já exista, ainda há obstáculos, os quais impedem que o setor cresça e gere valor agregado. Entre as dificuldades estão o acesso a castanhas in natura, o financiamento das operações de processamento, a falta de capacidades nos gerenciamentos operacionais e de negócios, além de um ambiente de negócios que se caracteriza por uma regulação exagerada, pela [falta de] transparência e pela infraestrutura deficiente”.

Dentro do programa da 3ADI na Tanzânia, um modelo de processamento é apoiado para que unidades de processamento de cajus de pequena escala trabalhem em conjunto com processadores de escala média ou grande já estabelecidos. Com o objetivo de melhorar a capacidade de processamento, a eficiência e a qualidade do processamento de pequena escala, grupos de produtores rurais e processadores de pequena escala se ocupam do processamento inicial de cajus até chegarem ao ponto de amêndoas in natura, as quais são então consolidadas em instalações de processadores estabelecidos para o processamento adicional, a comercialização e as vendas. Este modelo remove várias das barreiras enfrentadas pelos processadores de pequena escala, mas continua a preservar os seus negócios de processamento.

“O valor deste modelo é que ele fornece excelentes oportunidades em favor do desenvolvimento dos pobres, em um vilarejo, especialmente para as mulheres e a juventude, estando, portanto, dentro do melhor espírito do mandado principal da UNIDO que é o da redução da pobreza através de atividades produtivas”, observou o Sr. Lehne sobre a importância da implantação do projeto, o qual foi iniciado pelo antigo Presidente da ACA, Idrisa Kilangi.

O objetivo do programa anterior foi fornecer uma introdução ao Setor Global do Caju, destacando a assistência técnica prática aos processadores de castanhas de caju em comunidades, o qual apoiava o processamento de castanha de caju na qualidade apropriada, desde a seleção de qualidade de castanhas de caju in natura até o empacotamento, bem como a comercialização de acordo com os padrões internacionais.