A ACA Lança a Iniciativa ‘Acesso ao Financiamento’ em Lagos, na Nigéria

A Aliança Africana do Caju deu o pontapé inicial em sua “Iniciativa de Conectar a Cadeia de Valor do Caju às Instituições Financeiras”, no dia 14 de julho, com a oficina com o mote “Acesso ao Financiamento na Cadeia de Valor do Caju”, em Lagos, na Nigéria, no Hotel Ibis Lagos Ikeja. A oficina, a qual contou com a participação de 60 pessoas, reuniu produtores e processadores de caju, consultores financeiros, especialistas em comercialização de caju, bancos e instituições financeiras, além dos principais elaboradores de políticas do governo para abordar as questões críticas do acesso ao financiamento enfrentadas pelos elementos-chave do caju. A oficina – apoiada pelo Centro da USAID para o Comércio e os Investimentos na África Ocidental (WATIH) e o projeto da USAID de Comércio e Transportes Expandidos na Nigéria (NEXTT) – foi um grande sucesso e a ACA espera ansiosamente para poder continuar esta iniciativa no futuro. 

Em seu discurso durante a cerimônia de abertura, o Dr. Oyewole Babafemi ressaltou a importância de um maior acesso ao financiamento para o fortalecimento e a sustentabilidade de uma cadeia de valor do caju africano próspera. Ele declarou: “Ao assegurar que os processadores tenham acesso ao crédito vital e ao capital de giro necessário para comprar as castanhas de caju in natura (CCN) e o equipamento necessário para processá-las, a ACA está fomentando a viabilidade de longo prazo para o setor de processamento de cajus na África. À medida que o setor passa por dificuldades e fábricas fecham, uma cadeia de valor do caju unida a instituições financeiras apoiadoras permitirá que nós possamos progredir de forma solidária”.

De forma parecida, o Sr. M.O. Ibrahim, Diretor de Desenvolvimento de Produtos do Conselho de Promoção das Exportações da Nigéria (NEPC) ressaltou a importância de se investir no processamento de cajus para a criação de empregos na Nigéria. Ele explicou: “Nós precisamos melhorar e expandir as iniciativas existentes para os investimentos no caju na Nigéria e remover as condições que inibem os investimentos. Quando você processa, você cria empregos. … Se a Nigéria processasse 50% das CCN que ela exporta, isto criaria 9 mil empregos com uma cadeia de efeitos econômicos multiplicadores”.  

Os participantes discutiram através de apresentações interativas, painéis de discussão e reuniões de empresa para empresa sobre as formas por meio das quais eles poderiam facilitar as conexões entre o setor do caju, as instituições financeiras e os assessores financeiros. Em medida igual, a oficina tinha como objetivo aumentar o conhecimento institucional de todos os atores presentes, com a compreensão de que o reforço da capacidade institucional no setor do caju não consegue alcançar os seus objetivos sem ter oportunidades de acesso ao financiamento. Durante o painel de discussões, Gwen Abiola-Oloke, Diretor de Investimentos na África Ocidental da GroFin, falou de expectativas desajustadas e a necessidade de uma maior compreensão mútua entre os setores agrícola e bancário. Vivian Ani, Assessora Financeira do WATIH, desenvolveu esta ideia de forma adicional em sua apresentação que delineava as estratégias para as Micro, Pequenas e Médias Empresas se tornarem financeiramente mais viáveis. Além disso, as reuniões de empresa a empresa (B2B) solidificaram conexões concretas, fornecendo conselhos personalizados aos elementos-chave do caju sobre o acesso a instituições financeiras.

A oficina foi feita depois de uma oficina de Gerenciamento dos Negócios do Caju e do Sistema de Informações de Mercado da ACA, realizada em Lagos nos dias 12 e 13 de julho. Este treinamento contínuo para processadores e especialistas em informações de mercado foi sediado pela ACA com o apoio da USAID WATIH e colocou o seu foco no aumento da capacidade dentro da cadeia de valor do caju da África Ocidental. O reforço da capacidade institucional, o treinamento e a assistência técnica sobre as práticas globais do setor, além do gerenciamento de negócios, das regulamentações de qualidade e de segurança dos alimentos, da proteção ambiental e das informações e tendências de mercado serviram para impulsionar ainda mais a competitividade dos atores do setor africano do caju. 

A ACA tem orgulho de ter sediado eventos de tanto sucesso e espera que possam ocorrer mais colaborações com os elementos-chave do caju e os atores do setor financeiro na Nigéria. Nós estamos apenas no limiar da abordagem destas questões críticas de reforço da capacidade institucional e de acesso financeiro para a cadeia de valor do caju africano e, com mais informações e ligações mais fortes, nós progrediremos juntos com um setor do caju cada vez mais forte.